tenho uma mochila velha de guerra e entendo muito o seu apego. o couro já descascou completamente, mas ela continua firme e servindo ao propósito, além de ter muitas histórias pra contar.
Sou extremamente desapegado a coisas (exceto livros) mas seu texto me comoveu. A única coisa que tenho de herança dos meus pais é uma máquina de escrever Remington 25. Já a imagem da vitrola do meu avô também me comove como no texto dessa semana que escrevi. Abraço.
mas eu acho que nós, os desapegas do mundo material, somos, eventualmente, os mais apegados a coisas que nos contam uma história (sobre nossos avôs, sobre um desconhecido, sobre nós mesmos). porque o valor mora em outro lugar; não na mercadoria, mas na lembrança, no simbolismo do objeto. um carrão numa garagem diz muito menos do que uma dedicatória num livro da estante.
eu entendi isso melhor depois que li "o casaco de marx", um livro do peter stallybrass, sobre como o cara que inventou o materialismo dialético tinha que penhorar seu casaco para ter dinheiro e comprá-lo de volta para proteger-se do inverno. não é só um casaco, embora seja, também, um casaco.
tenho uma mochila velha de guerra e entendo muito o seu apego. o couro já descascou completamente, mas ela continua firme e servindo ao propósito, além de ter muitas histórias pra contar.
enquanto há costuras firmes, há mochila sendo usada, haha! certamente tem bolsas mais bonitas, nenhuma tão prática e eficiente quanto uma boa mochila.
Coisas são lembranças com toque do que vivemos. Eu gosto de guardar algumas saudades materializadas.
Um beijo.
putz, que bonito isso. =]
Sou extremamente desapegado a coisas (exceto livros) mas seu texto me comoveu. A única coisa que tenho de herança dos meus pais é uma máquina de escrever Remington 25. Já a imagem da vitrola do meu avô também me comove como no texto dessa semana que escrevi. Abraço.
mas eu acho que nós, os desapegas do mundo material, somos, eventualmente, os mais apegados a coisas que nos contam uma história (sobre nossos avôs, sobre um desconhecido, sobre nós mesmos). porque o valor mora em outro lugar; não na mercadoria, mas na lembrança, no simbolismo do objeto. um carrão numa garagem diz muito menos do que uma dedicatória num livro da estante.
eu entendi isso melhor depois que li "o casaco de marx", um livro do peter stallybrass, sobre como o cara que inventou o materialismo dialético tinha que penhorar seu casaco para ter dinheiro e comprá-lo de volta para proteger-se do inverno. não é só um casaco, embora seja, também, um casaco.