sintética: ano 2
Neste mês, sintética completa um ano. O primeiro texto chegou às caixas de e-mail dos assinantes em 20 de março e, entre aquele momento e o começo de fevereiro, foram 24 envios. Os assuntos variaram bastante, sempre com um texto mais pessoal, uma imagem e uma recomendação.
A newsletter surgiu de um momento de crise e, posso dizer com tranquilidade, foi uma tábua de salvação. Por muito tempo pensei que escrever era um passatempo para mim que, quando criança, preenchia cadernos com histórias inventadas. Depois, passei a achar que gostar de escrever era uma habilidade útil, sobretudo na graduação de História e em empregos cuja minha função era documentar, externalizar pesquisas e comunicar.
Hoje eu acho que escrever é certamente essas duas coisas, mas, principalmente, uma necessidade básica minha. Organizo meu caos interno em parágrafos, organizo meu tempo em breves anotações e organizo meu mundo em cadernos de diferentes tamanhos. É uma loucura, mas escrever parece me fazer bem. A diferença entre escrever apenas para mim e publicar um texto por aqui é só uma graça extra; de vez em quando alguém comenta ou responde por e-mail, me recomenda coisas, uma conversa passa a existir onde antes era silêncio. Parar para escrever certamente me isola do mundo, mas a retribuição muitas vezes acaba sendo de o mundo (uma parcela miúda dele, pelo menos) me visitar através da minha escrita.
Os 24 textos que enviei só chegaram até vocês porque me forcei a isso. Sabendo o quanto eu queria retomar a prática de escrever, fui bastante rígida comigo mesma. A cada 15 dias, uma nova edição. Assim, é claro, há momentos em que estive mais criativa, há momentos em que o texto nasceu de um obrigação comigo mesma. Não deixa de ser engraçado perceber que alguns textos nascidos no “susto”, sem que eu soubesse muito bem para onde iriam, foram bem quistos por quem os leu.
Para este ano, resolvi mudar um pouco o esquema. Optei por, ao invés de mandar um texto a cada 15 dias, enviarei para os assinantes - todos, pagos e gratuitos - um texto por mês. Desse modo, quero organizar melhor meus pensamentos, ter mais tempo para elaborar minhas ideias (embora, obviamente, corra o risco de procrastinar mais), me permitir experimentar outros formatos.
O que nos leva à segunda mudança: pretendo enviar também uma vez ao mês um conteúdo exclusivo para os assinantes pagos. Tenho feito umas gracinhas com vídeos e, a princípio, será esse o conteúdo. Como não é um formato que domino, achei que mandar aos assinantes pagos poderia me ajudar a criar confiança em um espaço mais seguro para mim. Se eu não morrer de vergonha - é um risco -, posso enviar futuramente a todos os assinantes.
Por fim, nessa “não edição”, deixo meus agradecimentos a cada pessoa que leu as edições passadas, àquelas que comentaram algo a respeito, às que contribuíram (financeiramente ou com recomendações em suas redes). Semana que vem a gente volta à programação normal. :)
Um ano da minha newsletter preferida!
Muitoooo bommmmm...